Cinco dias após a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que lamenta o fato e que a Justiça será feita "sem exageros". O presidente falou do assunto durante uma coletiva na Base Aérea de Recife - ele está em Pernambuco para acompanhar a situação da chuva.

"A Justiça vai decidir esse caso e com toda a certeza será feito justiça. Todos nós queremos isso aí, sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado, o lado da bandidagem. (...) Lamentamos o ocorrido com seriedade e vamos fazer o devido processo para não cometermos injustiça e fazermos de fato justiça", disse o presidente.

Ele elogiou a PRF. "Não podemos generalizar tudo o que acontece no Brasil", disse. "A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós".

Genivaldo foi parado pelos agentes por andar de moto sem capacete. Para controlá-lo, os agentes usaram bombas de gás e o colocaram a força na parte de trás da viatura. Os agentes seguraram a porta enquanto Genivaldo inalava o gás. O laudo aponta que ele morre por "insuficiência agura secundária a asfixia".

Dezenas de pessoas assistiram à cena, alguns gravando. "Vai matar o cara aí dentro", chega a dizer uma testemunha.

Os agentes envolvidos no caso foram afastados pela PRF na quinta-feira (26). A Polícia Federal investiga. O Ministério Pùblico Federal também acompanha o caso, com dois procedimentos abertos.

Correio