Após o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Rosemberg Pinto (PT), afirmar que "nunca trabalhou para barrar a instalação" da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), o deputado estadual Tum (Avante), autor do requerimento, rebateu a fala do parlamentar e voltou a questionar a inércia das lideranças da oposição e da situação em relação à instalação da comsissão.

Tum vem creditando à falta de diálogo entre os líderes Rosemberg Pinto (PT) e Sandro Régis (União) o não funcionamento da comissão, que foi referendada por 39 deputados e tem o aval da presidência da Assembleia Legislativa para iniciar os trabalhos.

De acordo com Tum, o trabalho da liderança deveria ir além de entregar uma lista com nomes, pois falta empenho e diálogo para chegar a um consenso com a minoria.

“Chegamos a um quadro onde a minoria se nega a nomear seus indicados e a maioria se nega a dialogar para chegar a um consenso que garanta à CPI, como instrumento legal da oposição, uma participação efetiva desse grupo. A impressão que fica, infelizmente, é de que esse empecilho vem sendo usado como pretexto para inviabilizar algo que vai beneficiar quinze milhões de baianos”, afirmou.

O parlamentar cita ainda o suposto encontro entre os líderes das bancadas e representantes da Coelba com a tentativa de barrar a instalação da CPI, negado pelo líder do governo, além de destacar a fala de Rosemberg sobre se o requerimento de instalação da CPI ainda é válido.

“Esse tipo de posicionamento pode evidenciar que o impasse entre as lideranças trata-se de jogo combinado, com o intuito de ganhar tempo e ver todo nosso esforço ir pelo ralo. Sem contar que não é papel do líder da maioria ficar conferindo prazos que beneficiem a investigada, a menos que ele seja também o advogado da Coelba”, afirmou.

O deputado ressalta ainda que, se houvesse interesse da liderança da maioria, a presidência da casa poderia ser acionada para indicar os demais participantes da comissão, preenchendo a lacuna deixada pela minoria, mas "não há empenho, não há conversa e esse tipo de comportamento não ajuda na resolução dos problemas dos baianos" finaliza.

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