As atividades nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) podem ser paralisadas devido a crise financeira vivida pela instituição. A situação foi um dos temas de uma reunião realizada entre funcionários das OSID com a superintendente Maria Rita Pontes nesta segunda-feira, 16.

O encontro aconteceu na sede da instituição, que fica na Av. Dendezeiros do Bonfim e discutiu a grave crise financeira que ameaça a continuidade dos serviços prestados pela entidade.

Atualmente a instituição sofre um déficit operacional de R$ 24 milhões, com estimativa de que o valor seja acrescido em R$ 20 milhões até o final de 2022, chegando aos R$ 44 milhões.

Segundo as OSID, o motivo da crise é o subfinanciamento do SUS, cujo contrato não é reajustado há 5 anos. Agrava-se ainda pela pandemia e pelo avanço da inflação nos preços dos insumos, como material hospitalar e medicamentos.

Segundo Lucrécia Savernini, gestora de Saúde da instituição, em fevereiro foi solicitado um aporte financeiro urgencial ao Ministério da Saúde, mas, até o momento, não houve resposta positiva.

"Até o momento, não obtivemos nenhum retorno favorável do Governo Federal, em relação ao aporte financeiro solicitado para a cobertura do déficit do contrato da OSID", disse.

Na tentativa de reverter a situação, em abril foi lançada a campanha "Um Milhão de Amigos Para Santa Dulce". O objetivo é atrair a sociedade a contribuir mensalmente com a manutenção do trabalho social.

Anualmente são acolhidas 2,9 milhões de pessoas, incluindo pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em risco social, entre outros públicos.

As doações para a campanha em ajuda às Obras Sociais já podem ser feitas, a partir de R$ 10, através do Pix amigos@irmadulce.org.br ou pelo site www.1milhaodeamigossantadulce.org.br.

A Tarde