As Forças Armadas questionaram 88 vezes nos últimos oito meses o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o que alegam serem supostas vulnerabilidades do processo eleitoral brasileiro. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, os questionamentos se alinham ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem colocado em dúvida a seguranças das urnas eletrônicas.
Os militares enviaram cinco ofícios sigilosos assinados pelo general de Divisão do Exército Heber Garcia Portella, integrante da Comissão de Transparência do TSE, sendo que quatro deles já receberam respostas, mas um ainda aguarda manifestação. Ele foi indicado pelo então ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, hoje na Casa Civil e cotado para ser vice na chapa presidencial de Bolsonaro.
Conforme o jornal, os ofícios foram enviados apesar de autoridades já terem afirmado que o processo eleitoral brasileiro é seguro, completamente auditável e que não há indícios de que as consultas populares passaram por fraude.
Ainda segundo o Estado, dos 88 questionamentos, 81 integravam um documento sigiloso vazado em fevereiro deste ano. Depois do vazamento, a Corte divulgou os questionamentos e emitiu nota com esclarecimentos ao rebater, em um documento de 700 páginas, os pontos questionados.
A Tarde
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