A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) divulga uma série de práticas que contribuem para demonstrar o nível de comprometimento organizacional com a otimização de ganhos ambientais e sociais em sua atividade. A sigla em inglês ESG (Environmental and Social Governance, ou seja, governança ambiental e social) é o termo utilizado pelos bancos e agentes financiadores em todo o mundo para nomear um sistema de requisitos e indicadores que, se praticados e comprovados pelas empresas, resultam em facilidades de crédito.

Ações de preservação que impactam na quantidade e qualidade da água disponível no meio ambiente (recurso hídrico); eficiência no tratamento de efluentes que permita o reuso para fins não potáveis; conscientização dos usuários de seus serviços com relação à responsabilidade ambiental; atenção especial para temas como utilização de fontes renováveis de energia elétrica e controle da emissão de gases do efeito estufa (GEE). Essas são algumas das premissas, entre tantas outras, para as quais a Embasa desenvolve estudos e ações com o objetivo de garantir a sustentabilidade da prestação de serviços essenciais para a saúde pública e a qualidade ambiental nos municípios atendidos.

"Prestadora de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a Embasa tem na base da sua atividade premissas ambientais e sociais, pois sem elas sua atividade se você torna inviável", afirma o presidente Rogério Cedraz.

O órgão promove ações de preservação, conservação e recuperação ambiental alinhadas à sua Política de Sustentabilidade e ao cumprimento da legislação ambiental vigente. Além de manter permanentes campanhas de sensibilização para uso racional dos recursos naturais junto às comunidades de áreas de influência direta, são desenvolvidos projetos como o Guardiões das Águas, que promove a recuperação da vegetação ciliar nas bacias dos rios Joanes e Jacuípe. Desenvolvido desde 2015, o projeto já promoveu a recuperação 104 nascentes e o plantio de mudas de espécies nativas em mais de 100 hectares nas margens ou em topo de morro; promoveu o cadastramento e regularização ambiental de 300 imóveis rurais familiares; e realizou 40 oficinas de educação ambiental voltadas para pequenos produtores rurais das regiões contempladas.

A empresa possui ações de recuperação da vegetação ciliar no entorno de mananciais em outras regiões do estado. Na barragem do rio da Dona, em Santo Antônio de Jesus, por exemplo, foram recuperados 96 hectares de mata nativa entre 2007 e 2016. Também foram alvo de investimentos da empresa os rios dos Mangues (Porto Seguro), Acaraí (Camamu), Gameleira (Cravolândia/Santa Inês), do Ouro (Itamaraju), da Prata (Seabra), Jacuípe (Morro do Chapéu), e São Francisco (em Irecê), dentre outros. Ao todo, as ações de recuperação de matas ciliares totalizam cerca de 350 hectares de vegetação replantada.

A Embasa desenvolve, ainda, o programa Viveiro Educador nos municípios de Caetité, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Alagoinhas; a experiência está sendo expandida para Irecê, Jequié e Itaberaba. Os viveiros são responsáveis pela produção de mudas de espécies nativas que são plantadas em Áreas de Preservação Permanente (APP) de mananciais, em terrenos com vegetação degradada e entorno de nascentes. Desde que foi lançado em 2018, o programa já alcançou a marca de 60 mil mudas plantadas em uma área de 174 mil metros quadrados em mais de 50 municípios.

Outra importante vertente de investimentos é o uso de energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis. Hoje, cerca de 20% do consumo de energia na Embasa já se dá a partir de fonte eólica ou solar e ações em curso preveem que, até 2026, 100% do consumo de energia elétrica se dê a partir de fontes renováveis. A projeção de economia com a iniciativa é de cerca de R$ 1,8 bilhão ao longo de 20 anos de contrato.

Boas práticas adotadas na área de eficientização energética – como aperfeiçoamento da gestão dos contratos de energia, análise minuciosa das faturas e ampliação da participação no Mercado Livre de Energia (ambiente de negociação onde consumidores “livres” podem comprar energia alternativamente ao suprimento da concessionária local) – foram responsáveis por uma economia de R$ 130 milhões, entre 2017 e 2021.

O reuso de efluentes sanitários tratados é uma alternativa de destinação sustentável para o esgoto produzido no Brasil, com vantagens sociais e econômicas, e pode contribuir para atingir as metas de universalização do acesso aos serviços de saneamento básico.

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