Em entrevista ao podcast Talk Churras, realizada na última segunda-feira, 11, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atacou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse não aceitar “fraude na eleição”, citando cinco boatos já desmentidos pela Justiça Eleitoral, como o de que as urnas registram o número do PT automaticamente ou de que a urna não é auditável.

“O TSE resolve tensionar as coisas. Agora eles convidaram as Forças Armadas, as Forças Armadas estão fazendo sugestões a eles, e espero que eles acatem minimamente essas sugestões”, disse o filho de Jair Bolsonaro (PL). Eduardo, porém, admitiu não ter provas sobre suas desconfianças. “Eu não estou falando que a eleição de agora será fraudada. Não tenho bola de cristal. Estou me precavendo de a Folha [Folha de S. Paulo] não botar um headline [manchete] lá e falar que eu vou causar um problema no Brasil”, alegou.

Questionado sobre o que aconteceria se o governo não aceitasse o resultado eleitoral, Eduardo disse não fazer “trabalho com futurologia” e disse não “pisar fora das quatro linhas”, termo usado por ele e outros bolsonaristas em referência a ações fora dos limites constitucionais. “Só uma democracia permite que você conteste o resultado de uma eleição”, disse.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, disse esta semana que o protagonismo nas eleições é do TSE, não dos militares. A declaração, dada em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, acontece em um momento em que o presidente da República e seus seguidores insinuam sobre a confiabilidade do processo eleitoral.

A Tarde