O advogado eleitoral Allan Lima disse que ações que envolvem questões com a autodeclaração do candidato ao governo pelo União Brasil, ACM Neto, são complexas de serem analisadas do ponto de vista judicial, diante da miscigenação existente na sociedade brasileira. A afirmação foi feita em entrevista ao Fato & Opinião nesta quinta-feira (22), que foi ao ar na BNews TV.

A reportagem feita pelo BNews mostra que a autodeclaração do carlista na Justiça Eleitoral tem fun
cionado de munição para ações judiciais e ataques de campanha dos adversários políticos na Bahia.

“Nós temos uma sociedade que é muito miscigenada. É difícil chegar para determinada pessoa e perguntar qual a cor dela, como se identifica. Acredito que ninguém aqui tem uma raça totalmente pura, delineada. Minha avó era negra, outro diz que tem um pai branco, mãe negra, tio índio. É difícil até de se questionar, a exemplo de ACM Neto que disse que era pardo”, explica Allan Lima.

O advogado acrescenta que a Justiça Eleitoral, em especial com as candidaturas deste ano, tem enfrentado o desafio de combater audeclarações pardas de candidatos brancos. Entre os motivos para tais situações, ele explica que existe a busca por garantir o fundo especial de 30% para candidatos pardos e negros.

“Você pode usar esse recurso livremente se for candidato pardo, por exemplo. Muitos candidatos brancos estão se declarando pardos para utilização dessa cota, existem várias denúncias Brasil a fora. E a tendência é que nessa eleição ocorra muita demanda com relação a isso”, concluiu o advogado.

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