Ex-ministra do Meio Ambiente quando ainda integrava o PT, Marina Silva oficializou apoio à candidatura de Lula à presidência da República, nesta segunda-feira, 12, após um longo período de mágoas por conta de divergências políticas.
Os dois receberam a imprensa em São Paulo e falaram sobre a reaproximação.
“Estamos vivendo aqui um reencontro político e programático. Porque do ponto de vista das nossas relações pessoais, tanto eu quanto o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e de conversar, inclusive em momentos dolorosos de nossas vidas. Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da política do nosso país, diante de uma ameaça, a ameaça das ameaças, à nossa democracia”, explicou Marina.
Segundo ela, Lula tem maior chance de derrotar Bolsonaro, num momento “crucial da história”.
“Quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade é a sua candidatura”, destacou.
Já Lula classificou o dia como “histórico" não apenas para o partido, mas para o país.
“De vez em quando na política tomamos decisões de percorrer determinados caminhos, nem sempre a gente se encontra, mas também há momentos na História em que a gente se reencontra. E ele é importante não só pela qualidade do programa que a Marina apresenta. Mas muito mais pelo momento político que vivemos”, afirmou Lula.
Os dois também se encontraram no domingo, 11, quando ela entregou ao candidato do PT propostas para a área ambiental. Lula postou um registro do encontro na rede social.
Divergências e mágoas
O encontro marca o fim de um afastamento de mais de uma década entre Marina Silva e o PT.
Em 2008, ela saiu do governo Lula por discordar do tratamento dado ao meio ambiente, envolvendo os ministérios da Agricultura e Assuntos Estratégicos.
Também se desgastou com Dilma Rousseff por causa do processo de liberação das licenças ambientais. A situação ficou incontornável e Marina deixou o PT no mesmo ano. Nas eleições de 2014, novos atritos e mágoas por ter sido atacada duramente pela campanha da ex-presidenta Dilma.
Marina Silva concorreu três vezes ao cargo de presidente da República, em 2010, 2014 e 2018.
A Tarde
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