O presidente russo Vladimir Putin formalizará na sexta-feira, 30, em uma cerimônia em Moscou a anexação de territórios ucranianos à Rússia, um processo amplamente criticado pela comunidade internacional. Não haverá reconhecimento internacional salvo o de alguns poucos aliados laterais de Moscou
A cerimônia no Kremlin ratificará a anexação de quatro regiões da Ucrânia controladas parcialmente por Moscou: Donetsk e Luhansk no leste, Kherson e Zaporizhzhia no sul. As regiões são equivalentes a 15% do território do vizinho invadido há sete meses.
Essa é a maior absorção de território por força na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e a primeira no continente desde que Turquia invadiu o norte de Chipre em 1974.
"Uma cerimônia de assinatura de acordos sobre a entrada de novos territórios na Federação da Rússia acontecerá amanhã (sexta-feira) às 15h (9h de Brasília) no Kremlin", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
A Ucrânia, que tem o apoio dos países ocidentais, prometeu continuar com a contraofensiva iniciada há um mês e que provocou o recuo do exército russo, o que levou Putin a convocar centenas de milhares de reservistas.
A capital russa prepara uma festa para celebrar a anexação das quatro regiões ucranianas, que acontecerá após a organização de "referendos" nas localidades.
Grande parte do centro de Moscou permanecerá fechado aos veículos e, de acordo com a imprensa russa, um show será organizado diante da sede da presidência.
As autoridades designadas pela Rússia nas quatro regiões ucranianas desembarcaram na quarta-feira à noite em Moscou, segundo as agências de notícias russas.
A Tarde
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