A Rússia aumentou a ameaça sobre a possibilidade de usar armas nucleares na Guerra da Ucrânia. O aliado do presidente Vladimir Putin, Dimitri Medvedev, ex-presidente (2008-12) e protegido do chefe que agora é número 2 dele no Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que a Rússia pode atacar "se for forçada".

O ex-presidente, que fez a declaração no Telegram nesta terça-feira, 27, afirmou de forma explícita sobre o uso de artefatos nucleares contra o país vizinho, conforme a Folha de São Paulo.

"Vamos imaginar que a Rússia seja forçada a usar a mais assustadora arma contra o regime ucraniano, que cometeu atos de agressão de larga escala que são perigosos para a própria existência do nosso Estado", disse.

Além do país vizinho, o aliado de Putin falou sobre a possibilidade de intervenção de outros países em relação ao conflito.

"Eu acredito que a Otan [aliança militar ocidental] não vai interferir diretamente no conflito mesmo nesse cenário. Os demagogos do outro lado do oceano e na Europa não irão morrer num apocalipse nuclear", completou.

O presidente russo também fez ameaças anteriormente e recebeu críticas de várias lideranças mundiais.

Ainda de acordo com a publicação, as ameaças acontecem após a reação dos Estados Unidos em relação ao anúncio de Putin sobre a mobilização de 300 mil reservistas enquanto realiza a anexação dos territórios ocupados na Ucrânia.

No domingo, 25, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o uso de bomba atômica poderia gerar consequências "horríveis" à Rússia.

Já o Ministério da Defesa da Rússia divulgou, na segunda-feira, 26, um exercício com parte da frota de bombardeiros estratégicos Tu-160, que podem empregar armas nucleares, com reabastecimento aéreo e testes de prontidão.

A Tarde