Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedem uma apuração "rigorosa" sobre como o ex-deputado Roberto Jefferson, em prisão domiciliar, teve acesso a armas, com fuzil e granadas, utilizadas por ele para atacar agentes da Polícia Federal, que iriam levá-lo de volta a uma unidade prisional. Os ministros foram ouvidos pelo blog de Valdo Cruz, no G1, nesta segunda-feira, 24.

"Alguém entregou essas armas para ele. Afinal, quando o réu foi para prisão domiciliar, as regras mandam fazer uma inspeção na residência em busca de materiais proibidos, como armas", disse ao blog um ministro.

"Tudo indica para uma ação orquestrada, algo coordenado, feito para tumultuar a eleição. Isso precisa ser esclarecido", afirmou outro ministro.

Segundo esses ministros, pode virar "moda" no Brasil pessoas com prisão decretada passarem a receber agentes da Justiça a tiros e que por isso é preciso reavaliar a legislação de acesso à armas. 

Ataque a federais

Após o pedido de prisão, o ex-deputado Roberto Jefferson resistiu à prisão trocando tiros com policiais federais em frente a sua residência, em Comendador Levy Gasparian, município do Rio de Janeiro. 

A ação de Roberto Jefferson deixaram feridos dois agentes, que já receberam alta médica. Eles ficaram feridos por estilhaços de uma granada jogada. A viatura da PF recebeu mais de 20 tiros disparados pelo ex-deputado. 

O ex-deputado demorou cerca de 14 horas para chegar ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, no início da madrugada desta segunda-feira, 24. Há possibilidade do político ser transferido ainda nesta segunda para Bangu 8, mesmo lugar onde ficou ano passado.

A Tarde