A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para o evento.

O anúncio foi feito durante uma entrevista ao canal britânico TalkTV, nesta terça-feira, 29, por Hassan Al Thawadi. Ele é um dos chefes da organização da Copa.Segundo as investigações do jornal britânico Guardian , o número de mortos teria atingido 6.500 estrangeiros. Antes de os jogos terem início, o país só havia havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios.

Em 2017, algumas medidas foram até adotadas para a melhora do trabalho. O Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo, além de extinguir os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores.

Entre as alterações mais importantes está a abolição do sistema conhecido como “kafala”, onde os empregadores eram responsáveis ida e permanência dos empregados dentro do país. Ou seja, os imigrantes não podiam mudar de emprego. Além disso, elels viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.“ A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi.

Ele ainda completou e afirmou que “a Copa serviu como um acelerador”.Já sobre o número de mortos ele afirmou ter sido “entre 400 e 500. “Não tenho o número exato, mas uma morte, é uma morte. É demais. É claro e simples”.

A Tarde