Na Bahia, 39,6% da população adulta está inadimplente, um total de 4.468.660 pessoas, que soma uma dívida de R$ 15,7 bilhões. Em todo o estado, o valor médio que uma pessoa precisa desembolsar para quitar as dívidas é de R $3.516,20, segundo dados da Serasa Experian divulgados nesta segunda-feira, 27. É neste cenário que a empresa fez o lançamento de mais uma edição do mutirão nacional para a negociação de dívidas, com descontos de até 99%. A ação vai até o dia 31 de março, de forma online.
O Feirão Serasa Limpa Nome envolve mais de 425 empresas que mostraram disposição para a oferta de facilidades de pagamento, com a participação, pela primeira vez, da Enel, Light e da Caixa. O total de ofertas de negociações é de 365 milhões no país, sendo que 113 milhões podem ser quitadas por até R$ 100. O volume total de dívida no país é de R$ 323 bilhões. No âmbito dos bancos, o Bradesco, Itaú e Banco do Brasil também fazem parte da campanha.
A relevância da participação das instituições financeiras é reforçada por dados da Serasa que mostram que 29,60% das dívidas do Brasil estão relacionadas com os bancos e cartões, a maior fatia entre os 70,1 milhões de brasileiros inadimplentes, que somam 252 milhões de dívidas ativas. Em seguida, estão as empresas de conta de água, luz e energia, com 21,5%, e, em terceiro, as empresas varejistas, com 11,3%. Os dados são de janeiro deste ano, com base no Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa.
O economista-chefe da Serasa, Luiz Rabi, disse que entre os principais fatores de maior contribuição para o cenário de inadimplência estão a alta da inflação, a perda de poder aquisitivo e o desemprego no país.
“Do total de inadimplentes, a maior parcela está com os bancos, depois vem os cartões e as financeiras. No entanto, como estamos começando a conviver com uma inflação mais baixa, não estamos mais rodando a 10%, mas 6%, o cenário pode trazer a melhora para a situação do consumidor, que está dentro desse ambiente inflacionário. No horizonte a médio prazo, essa inflação [atual] pode ajudar a ter um quadro um pouco melhor. Do ponto de vista macroeconômico, parece que a economia está caminhando para um ponto mais positivo”, disse Rabi.
Para tentar amenizar os impactos socioeconômicos do cenário, a gerente da Serasa Limpa Nome, Aline Maciel, afirma que os feirões geram a possibilidade de retorno dos consumidores ao mercado, após o pagamento das dívidas, e o ganho para as empresas que voltam a ter seus produtos consumidos pelos mesmos.
“O feirão tem um impacto importante na curva de inadimplência no Brasil. No período de feirão, a gente vê o consumidor buscando renegociar sua dívida para voltar a ter crédito. O consumidor que paga a dívida volta ao mercado, volta a consumir com a própria empresa. Com isso, a gente tem benefícios para os consumidores e as empresas”, destaca Aline.
No recorte nacional, o valor médio da dívida do brasileiro inadimplente é de R$ 4.612,28, um aumento de 2,6% na comparação entre janeiro de 2023 e dezembro do último ano.
A Tarde
0 Comentários
O Diário da Chapada não se responsabiliza pelos comentários aqui expostos.