Caracterizada primariamente pelo comprometimento das articulações, a artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva, que atinge até 1% da população no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e pelo Ministério da Saúde. Desta estimativa, a condição acomete duas vezes mais mulheres do que os homens. Os dados ainda apontam que a prevalência é maior na faixa etária entre 30 e 50 anos.
Associada a múltiplos fatores genéticos e ambientais, que levam à quebra da tolerância imunológica e início do processo inflamatório articular, a artrite reumatoide possui como um dos principais fatores de risco o tabagismo, conforme especialistas. Os primeiros sintomas dessa doença são manifestados geralmente entre os 30 a 40 anos e sua incidência tende a aumentar juntamente com a idade. Acompanhada por dor, edema e calor em qualquer articulação do corpo, principalmente nas mãos e punhos, a inflamação provoca rigidez prolongada, caracterizada por sensação de enrijecimento, percebida sobretudo pela manhã, ao acordar.
Tratamento
A médica reumatologista, que atende na clínica IBIS em Salvador, Viviane Machicado explica que a artrite reumatoide é uma doença crônica e, portanto, não possui cura, mas pode, sim, ser controlada com um tratamento adequado.
“Os tratamentos atuais possibilitam alcançar a remissão da doença, permitindo retorno à qualidade de vida e melhora dos sintomas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, mais fácil será o controle da doença e melhor o seu prognóstico”, pontua.
Tendo em vista os avanços dos medicamentos nos últimos anos, o tratamento varia de acordo com o estágio da doença, atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo quanto mais intensa for a doença.
“A base do tratamento são as drogas modificadoras do curso da doença, a maior parte delas imunossupressoras. Mais recentemente os agentes imunobiológicos passaram a compor as opções terapêuticas, modificando definitivamente o curso da doença. O tratamento deve incluir também a educação dos pacientes e familiares sobre a enfermidade, além de terapias físicas (fisioterapia, terapia ocupacional)”, explica.
A progressão pode causar a destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades diárias, por isso é de suma importância que ao menor e primeiro sintoma, um médico especialista em reumatologia seja contatado. Assim, o tratamento mais específico para cada caso pode ser traçado e desenvolvido.
A Tarde
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