O ex-vice-presidente da República e senador Hamilton Mourão (Republicanos) veio a público, mais uma vez, defender o ex-juiz e também senador Sergio Moro (União Brasil). Ao comentar fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre atentado envolvendo Moro ser uma suposta armação, Mourão disse que o mandatário está em “desequilíbrio emocional”.

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“O presidente da República demonstra que está lhe faltando o devido equilíbrio emocional para lidar com as responsabilidades do cargo que ocupa”, opinou Mourão em uma rede social.

Mais cedo, após visita ao Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, o presidente Lula falou que o suposto plano para tirar a vida do ex-juiz da Lava Jato é “mais uma armação”. “Eu não vou falar, porque acho que é mais uma armação do Moro. Eu quero ser cauteloso. Eu vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e descobrir o porquê da sentença”, disse.

O chefe do Executivo havia sido questionado se acompanhou os desdobramentos da Operação Sequaz, deflagrada para desarticular suposto plano feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

É a segunda vez em que Mourão sai em defesa do par do Senado Federal e ex-colega de governo. Já na quarta-feira (22/3), o senador também comentou acerca de uma fala em entrevista concedida pelo petista que também mencionava Moro.

À TV 247 Lula relembrou a época em que esteve preso por causa da Operação Lava Jato – encabeçada pelo ex-juiz Moro –, em Curitiba, e a mágoa guardada durante esse tempo. Chegou a dizer que, ao receber na cela a visita de procuradores para saber se estava tudo bem, ele respondia, referindo-se a Moro: “Não está tudo bem. Só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro”.

A respeito da fala pública, Mourão disse que, quando Lula diz que tinha vontade de “foder” Moro, ele mostra “todo o desprezo pelo Estado Democrático de Direito”.

Metrópoles