Um estabelecimento que funcionava de forma clandestina em Feira de Santana, na Bahia, foi interditado de forma defmitiva na quarta-feira (19) pela Vigilância Sanitária da cidade. No local, foram encontradas pessoas com transtornos mentais em condições precárias. A interdição foi concluída com o fechamento completo do espaço, que foi alvo de operação conjunta deflagrada na última sexta-feira (14) pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Polícia Federal, Ministério Público do Estado da Bahia e Polícia Civil.

O MP e a Polícia Civil estão adotando providências cabíveis e os crimes estão sendo identificados e apurados. Ainda de acordo com o MP, a operação identificou 60 pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, residindo em condições insalubres, em dois endereços do estabelecimento, que não atendiam requisitos mínimos para internação involuntária. Foi constatado também três pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão e que o estabelecimento não prestava atendimento médico satisfatório e não contava com equipe técnica multidisciplinar.

Segundo informações da Promotoria de Justiça, o local foi esvaziado e os residentes direcionados aos equipamentos de acolhimento adequados. A maioria foi reinserida nas famílias, sendo garantida a continuidade do atendimento de saúde mental na esfera ambulatorial. Os que tinham indicação médica de internação foram ao Hospital Especializado Lopes Rodrigues e alguns para atendimentos médicos nas Unidades de Pronto Atendimento e serão, posteriormente, encaminhados aos familiares.

O Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal seguem com as providências e apuração dos fatos relacionados aos funcionários encontrados no local. 

BNews