O Bahia apresentou na manhã desta quinta-feira, 20, o zagueiro Vitor Hugo, de 31 anos, que estava Trabzonspor, da Turquia. Ele é o 18º reforço do Tricolor para a temporada 2023 e chega em definitivo com contrato até o fim de 2026.
Em entrevista coletiva, na Arena Fonte Nova, o zagueiro se mostrou empolgado com a oportunidade de vestir a camisa do Tricolor de Aço e pretende fazer história no clube. "Eu espero que aqui no Bahia eu possa fazer uma grande história, que eu possa marcar meu nome na história desse clube que já é gigante", afirmou o zagueiro.
No início de abril, a mãe de Vitor faleceu, aos 51 anos, após lutar contra um câncer, e esse foi o motivo do jogador não ter se apresentado antes ao Tricolor.
"O que aconteceu com a minha mãe foi uma tragédia que abalou nossa família toda. Por mais que ela já estivesse brigando contra essa doença há muito tempo, agora nessa reta final eu coloquei na cabeça que eu queria vir pro Brasil, para uma boa equipe, mas também para ficar perto dela, para ficar um pouco mais próximo", relatou o atleta.
Decidido a voltar para o Brasil para ficar perto da mãe, Vitor recebeu sondagens de outros clubes, mas revelou que o projeto a médio e longo prazo apresentado pelo Bahia foi determinante.
"Surgiu especulações do Fluminense, teve outros clubes que eu prefiro não citar, mas aí apareceu o Bahia com uma proposta totalmente diferente do que eu esperava ver aqui no Brasil e um plano a médio e longo prazo muito bom, que eu acho que os torcedores vão se impressionar com as próximas temporadas. Talvez essa um pouco menos, porque ainda está muito no começo, mas o projeto é muito bom. Eu posso afirmar que eles podem ficar tranquilos que o Bahia vai crescer muito mais. Já é gigante, mas vai ficar muito maior nesses próximos anos", contou o defensor.
Vitor Hugo está regularizado, mas ainda não foi relacionado para nenhuma partida. Com o desfalque de Kanu, que pertence ao Botafogo, ele pode fazer sua estreia às 20h desta segunda-feira, 24, quando o Bahia recebe a equipe carioca, na Arena Fonte Nova, pela 2ª rodada do Brasileirão.
"Eu estou muito bem fisicamente, me sinto muito bem. Lógico que vai ter todo um período de adpatação, porque é diferente o futebol da Turquia com o futebol brasileiro. Esperamos chegar o mais alto possível na tabela, mas eu já estou podendo jogar e estou dispónível. Estou à disposição do treinador, vamos ver se ele vai me colocar para jogar nesse jogo aí", concluiu o jogador.
Confira outros trechos da entrevista de Vitor Hugo:
Sempre em campo: "É legal ver que eu sou um cara que gosta muito de estar em campo sempre. Eu prezo muito pela parte física, pela saúde, para não machucar. Eu não sou aquele jogador que gosta de sair, virar a noite em balada, não é o meu estilo. Eu sou um cara que se cuida muito também. Desde que eu me casei com a Rafaela, ela sempre cuidou muito bem dessa parte também, não deixa a gente perder o limite, é bem focado, bem profissional mesmo. Isso que credencia a gente estar sempre bem fisicamente. É questão de trabalho. Eu fico muito feliz de estar sempre jogando e sempre podendo ajudar. E agora eu vou ter um contrato longo aqui no Bahia, espero trazer muita alegria para o torcedor baiano."
Acontecimentos do clube: "Desde que surgiu a especulação, comecei a acompanhar os jogos. Eu vi o jogo contra o Itabuna, lá na casa deles; jogo contra o Jacuipense, primeiro da final. Eu estava acompanhando. O do CRB, último do Nordeste. Estava vendo o sistema que o treinador gosta de jogar. Trocou recentemente por três zagueiros, e só teve uma derrota. O time encaixou melhor nessa formação."
Treinador português: "A gente já está acostumado com o sistema de jogo lá da Europa. Eu joguei tanto na Itália quanto na Turquia e fui muito feliz lá. Isso vai facilitar um pouco nessa adaptação ao novo estilo de jogo do professor. Não tive a sorte trabalhar com a escola portuguesa de futebol, mas mesmo assim, acho que é mais ou menos um padrão da Europa o jeito de compactar o time. Então a questão tática, eu acho que por ter jogado na Europa, deve facilitar sim."
Propostas de jogo: "Eu estava acompanhando o que deu e espero agora ajudar dentro de campo. O mister também me chamou ontem, mostrou vídeos e propostas que são muito interessantes. Coisa que ainda não pratiquei na carreira, mas que a gente vê no vídeo e tem grande chance de dar certo - completou o zagueiro."
Parceria com Goulart: "Desse grupo que eu tinha trabalhado já, era o Ricardo Goulart. Quando eu subi no Santo André, a gente foi vice-campeão paulista juntos. Ele estava nesse elenco que foi vice-campeão paulista e eu estava. Mas já saiu rápido e a gente não conseguiu jogar mais. Quando eu cheguei no Palmeiras, o mesmo Goulart de 2019 estava lá também e acabou saindo de novo. É eu chegar e ele vai embora. Não sei como é que pode. Agora, ele está saindo de novo. Do elenco todo, acho que foi só ele que eu tive o prazer de trabalhar junto, mas agora vou trabalhar com os meninos."
Calor do Nordeste: "A experiência é sempre importante, independente de como for. O calor daqui do Nordeste é uma coisa que vale nota, que tem que ser citado, porque é uma coisa muito diferente. Eu estava lá na Turquia a 5°, 10°. Vim para cá em uma semana enfrentar um sol de 35° na cabeça, está difícil. Minha esposa chegou ontem e já está falando que eu estou mais marrom do que eu sou. São essas experiências da vida."
Adaptação: "Aqui é muito mais exigido a parte física, faz muito mais academia e corre muito mais no campo do que lá. Lá os treinos eram intensos, mas eram períodos curtos e também a temperatura faz uma diferença muito grande."
Relação com o grupo: "Eu me sinto bem, faz uns quatro dias que eu venho trabalhando com o grupo, já estou me enturmando com a galera, um pessoal muito bom. Eu acho que vai dar para gente colher bons frutos nessa temporada."
A Tarde
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