A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não se opõe à visita de 42 senadores ao investigado.

Torres está preso desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão diante dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Os parlamentares protocolaram na Suprema Corte pedido para poderem visitar o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) na prisão. Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, que investiga autoridades por suposto envolvimento na tentativa de golpe, pediu que a defesa de Torres se manifestasse sobre o pedido dos senadores.

Na resposta a Moraes, os advogados do investigado pediram que o STF autorizasse a visita “por razões humanitárias”.

“Em um primeiro momento, a defesa sugeriu o não recebimento de visitas de parlamentares e políticos em geral, seja para evitar eventual politização do caso seja em função de seu delicado estado de saúde. Apesar disso, o ato de solidariedade demonstrado por 42 parlamentares, especialmente em uma conjuntura na qual o requerente sofre de profunda depressão, talvez contribua para sua convalescença”, argumentou a defesa de Torres.

O único pedido da defesa do investigado foi de que, caso autorizada, a visita ocorra em blocos de, no máximo, cinco senadores por vez. A decisão, agora, cabe a Alexandre de Moraes, que aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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