"E há tantos filhos, que bem mais do que um palácio, gostariam de um abraço e do carinho entre seus pais..." Esse é um trecho da música "Utopia" de Padre Zezinho. Não por acaso, utopia é também o que vive o prefeito de Jacobina, Tiago Dias, ao encher a população de promessas em que a realização só faz parte do seu imaginário.
E sim, nossas crianças merecem e devem ter acesso ao transporte escolar com qualidade, climatizado e, o mais importante, com a mecânica em dia. E essa foi a promessa do gestor municipal, proporcionar para todos os estudantes da rede pública uma frota de ônibus com ar-condicionado, porém o calor é até deixado de lado quando estão precisando APENAS ter a paz de acordar pela manhã tendo a certeza que o transporte chegará para busca-los. Esta semana os motoristas receberam os salários atrasados e interromperam a paralisação criada em algumas linhas, mas e semana que vem?
Jacobina é um município extenso e o transporte escolar é fundamental para centenas de alunos. Porém, volta e meia vemos reclamações e até justificavas esdruxulas sobre a qualidade desse serviço.
Alunos gravam vídeos e postam nas redes sociais a precariedade de alguns veículos que prestam esse serviço. Motoristas cooperados param de trabalhar alegando atraso nos pagamentos. Contrato milionário é rescindido, mas outros são firmados. Até o endereço da sede da empresa já foi alvo de polêmica, quando uma moradora do bairro do Peru ligou para uma emissora de rádio afirmando que aquele era o número da sua residência.
Essa história começou em agosto de 2021 quando a Prefeitura de Jacobina firmou contrato emergencial com a Coopimonte para transporte escolar dos alunos da Rede no valor de R$ 3.147.245,25 por 115 dias. Esse contrato foi rescindido amigavelmente em novembro de 2021 após a homologação de um novo contrato no valor de R$ 1.047.900,00.
A verdade, meus caros amigos, é que Jacobina ainda está bem longe de ter “dias melhores para o transporte escolar, dias melhores para os nossos alunos”. Pode até estar tendo, mas vai ver que é só pra cego ver, porque eu não vi, tu viu, fio?
Por Igor Fagner - Diário da Chapada
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