Reforço do Bahia para a sequência do Campeonato Brasileiro, o lateral direito Gilberto foi oficialmente apresentado pelo tricolor na tarde desta terça-feira (18). Na Fonte Nova, ele falou pela primeira vez como atleta do Esquadrão e garantiu que, se for preciso, está pronto para estrear contra o Corinthians, neste sábado (22), às 18h30, pelo Brasileirão.

“Eu estava em período de férias. A negociação começou a esquentar na metade das minhas férias, então não é fácil. É um momento novo, nunca tinha vivido isso de chegar em um clube que está jogando a temporada. Precisava desse período e o time de preparação física tem muita qualidade, tiveram essa paciência. Mas agora é estar 100% para o próximo jogo”, iniciou ele, para logo depois completar:

“Tenho trabalhado forte fisicamente, mas tenho que trabalhar outras coisas para ficar 100%. Temos que adaptar coisas, mas não é o tempo certo. Se o clube precisar e eu tiver que jogar, estou pronto”.

Gilberto chega ao Bahia como uma das principais contratações do clube no ano. Ele estava no Benfica, onde foi campeão português na última temporada. No ano passado, o jogador foi avaliado pela comissão técnica de Tite e chegou a ser cotado para integrar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar.

O lateral conta que além do projeto apresentado pelo Esquadrão e a marca do Grupo City, a presença do técnico Renato Paiva no clube teve forte influência na negociação. Gilberto diz que ouviu de companheiros boas recomendações sobre o trabalho do treinador. Paiva construiu praticamente toda a carreira no clube português.

“Quando surgiu a proposta do Bahia, e de outros clubes, a gente teve que sentar com a família e avaliar bastante. Eu venho de um momento bom e, graças a Deus, tive bastante propostas. Mas a primeira coisa foi o interesse do Bahia, a forma como eles abordaram, o clube e o treinador. Ele [Renato Paiva] buscou todas as minhas informações no Benfica. Alguns jogadores que trabalharam com ele me mandaram mensagem falando sobre o trabalho dele, a relação com o atleta. Eu me identifiquei muito pois é uma forma que eu trabalhei esses três anos lá e gostei”, disse.

“Eu evolui muito taticamente, era um déficit que eu tinha aqui no Brasil, e evolui com os treinadores que tive lá. As ideias do Renato são parecidas e isso foi um ponto positivo. A torcida do Bahia também é diferente, as torcidas no Nordeste são calorosas. Jogar aqui na Fonte Nova sempre foi difícil. Comentei com os jogadores que temos que fazer disso um caldeirão porque a torcida nunca abandona”, completou.

No Bahia, Gilberto chega com a missão de encerrar o problema da lateral direita. Esse ano, André, Douglas Borel, Vitor Jacaré e Cicinho passaram pela posição mas não tiveram sucesso. Além disso, o clube vive fase ruim no Brasileirão e precisa reagir para sair da parte de baixo da tabela.

“Não é um momento fácil. Quando as negociações começaram o clube já estava nessa situação, mas eu via muita qualidade no elenco. Tem ideias boas e a torcida que pode ser um ponto muito positivo para o nosso lado. Só depende da gente, do nosso trabalho. O futebol também é muito cruel, se você não tem sorte ele te pune. Muitas lesões que atrapalham o clube, às vezes gols que a gente não entende. O grupo é bom, só depende da gente para mudar a chave pois tem muito campeonato pela frente”, afirmou o lateral.

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