Uma mulher de 43 anos denunciou um ginecologista por praticar assédio durante uma consulta, há cerca de um mês, no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb, em Salvador.
A administradora, que preferiu não se identificar, participou da consulta após sentir dores causadas por uma infecção urinária. A denúncia é investigada pela Polícia Civil. Elziro Gonçalves de Oliveira, acusado de praticar assédio contra a mulher, afirmou que não cometeu o crime. Ele está afastado dos atendimentos do plano enquanto acontece a apuração do caso,segundo informações do G1.
O que se sabe é que a paciente queria marcar consulta com um urologista, mas não conseguiu, e precisou marcar uma consulta por um ginecologista.
A administradora já tinha uma consulta com um profissional da área marcada para o dia seguinte, porém como sentia dores fortes há quase uma semana, antecipou o atendimento com o ginecologista. A consulta foi a primeira da mulher com o profissional.
Ela diz ainda que já tinha um laudo que a diagnosticou com infecção, porém precisava que um profissional passasse um medicamento. Durante a consulta, o ginecologista sugeriu um preventivo.
A mulher disse que aceitou realizar o preventivo pois havia tempo que tinha feito o último.
"Começou a tocar, apalpar meus mamilos, apertava os mamilos, perguntava se eu estava tendo sensibilidade e eu já havia dito que não tinha sensibilidade, mas ele insistia muito".
A paciente apontou ainda que o médico não usou luvas, máscaras e retirou o lençol que cobria as pernas durante o preventivo. O médico também teria feito movimentos no clitóris da paciente.
"Você se masturba? Ele me perguntou dessa forma e eu me calei. Aí insistiu, perguntou que tipo de aparelho eu usava para me masturbar e ainda chegou a falar assim: ''É... Você está muito tensa, muito nervosa, precisa relaxar”, disse a vítima.
A mulher chegou até a denunciar ao plano Casseb. Porém, não obteve resposta e voltou ao centro médico.
O ginecologista negou o assédio e afirmou que foi ouvido pela coordenadora da unidade. Afastado o homem viajou para outro estado.
"Eu fiz a minha defesa. É... Não houve nada do que a paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive uma queixa, nunca tive um problema", afirmou.
A direção do plano disse que desmarcou todas as consultas para o médico por 30 dias e que apura o caso.
Bahia Notícias
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