Era uma vez um menino cujo sonho era o de transformar o mundo por meio da Educação. Mas ele acordou e todos perceberam que essa era apenas mais uma das suas fantasiosas estórias (assim mesmo, com redundância para reforçar).

O fato, meus caros leitores, é que a armífera equipe da Secretaria Municipal da Educação e Cultura de Jacobina tem perdido as forças ao longo destes dois anos e oito meses. E assim como um verdadeiro Macgyver, está desarmando uma bomba por dia naquele campo minado.

A falta de material didático, reajuste salarial de professores sendo divididos em 10 parcelas sem previsão de pagamento do retroativo, paralisação dos motoristas de ônibus escolares por falta de pagamento, o que também tem ocorrido com as monitoras. São cargos de confiança perdendo as gratificações, além, é claro, dos constantes atrasos no pagamento de alguns dos fornecedores, causando a descontinuidade de alguns dos serviços.

E toda essa confusão administrativa sobrecai no colo da secretária que, por sua vez, já tem seu tão zelado nome circulando pelos corredores, onde dão conta de que só ainda não abandonou o barco por medo de como ficará seu CPF após tamanha bagunça. Esta, sem dúvidas, fará como fez um amigo que também ocupou esta cadeira, sairá pela porta da frente de cabeça erguida, olhará para trás e dirá: eu não volto aqui MARNUNCA!

Sua equipe, como citei no início deste texto, aguerrida como sempre, já começa a dar adeus para alguns dos seus membros. Componentes esses que, lutaram até aonde podiam, para tentar amenizar a situação, buscando dar o mínimo de condições de trabalho aos professores, mas que viram em suas saídas a única forma de manterem suas dignidades.

Quem sair por último apague a luz... isso é, se a Coelba não chegar antes e nem luz eles tiverem para apagar.

Por Igor Fagner - Diário da Chapada
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