“O que chegou até a gente é que Nilton tinha envolvimento com um rapaz, que já teve ou ainda mantinha uma relação com outro pai de santo, que mandou fazer (o crime)”, contou um parente da vítima ao jornal Correio.

Segundo o jornal, esta versão já é de conhecimento do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). “Na semana passada algumas pessoas do ciclo dele (Nilton) já foram ouvidas no DHPP”, complementou a fonte.

Ainda de acordo com a fonte, a versão diz ainda que o tal pai de santo apontado como mandante teria contratado um “profissional” para fazer o serviço. “É o que tudo leva a crer. Quem matou, chegou encapuzado e atirou em cheio, tanto que Nilton morreu na hora. Não descartamos que tenha sido um policial, porque esse pessoal de terreiro atende muita gente, conhece todo mundo, inclusive muita gente da polícia”, disse um amigo da família, que também optou pelo sigilo.

Para reforçar a tese, ele citou o fato de a cena do crime não ter sido preservada. “Quem estava lá, disse que Nilton já estava morto, mas, logo em seguida aos disparos, uma viatura da Polícia Militar chegou e ‘socorreu o corpo’. Foram quatro tiros nas costas. Se ele estava sem vida, porque retiraram? Por causa disso a perícia do local não foi feita e as cápsulas não foram recolhidas”, contou a fonte. Segundo a Polícia Civil, Nilton chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

OUTRA VERSÃO

Uma segunda versão aponta que uma disputa que envolve o seu terreiro, o Yle Axé Olufemyn, na Rua Arlindo Fragoso, no Matatu de Brotas, onde Nilton também morava, teria motivado o assassinato.

“Há cinco anos, Nilton brigou com um vizinho por causa de um pedaço de terra que fica no fundo do terreiro. Eles chegaram a ‘sair na mão’ e o caso foi parar na justiça e está rolando até hoje. Mas não acreditamos que isso tenha a ver com a morte, porque tem muito tempo isso. Na verdade, alguém trouxe essa história de volta para desviar o foco do verdadeiro motivo, o passional”, declarou um outro parente do babalorixá ao Correio, sem se identificar.

Fonte: BN