O crescimento do PIB de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação aos primeiros três meses de 2024, indica que o Brasil está caminhando na direção certa, rumo à redução de desigualdades sociais.

A alta do PIB foi puxada pela indústria (expansão de 1,8%) e pelo investimento (aumento de 2,1%), conforme dados do IBGE. Aliados a esses resultados estão o crescimento do emprego, o aumento real do salário mínimo, da massa salarial, e políticas públicas do governo federal, que contribuem para a distribuição da renda.

A taxa de desemprego no país, de 6,9%, atinge o menor nível em dez anos, e aproxima-se da situação de pleno emprego. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela que 83% dos empregos gerados em julho referem-se a pessoas que estavam em programas sociais do governo, sobretudo o Bolsa Família (61% do total). Ou seja, é a geração de postos de trabalho beneficiando famílias de baixa renda.

A política de aumento real do salário mínimo, retomada em 2023 pelo governo Lula, contribui também para as negociações coletivas entre trabalhadores e empregadores: 85% das negociações concluídas em julho, no Brasil, tiveram ganho real de salário, possibilitando aumento da renda do trabalhador, segundo o Dieese.

E mesmo com a segunda maior taxa de juros reais do mundo, o Brasil resiste, reage com sua força de trabalho produtora de riquezas. No segundo trimestre de 2024, na comparação com igual trimestre de 2023, o setor industrial cresceu 3,9% e, dentro dele, a extração de petróleo e gás natural aumentou 1%. Além da alta deste segmento, que responde por 10% do PIB industrial, também houve incremento das exportações de petróleo e derivados. Estas cresceram 42,5% na média diária do segundo trimestre do ano, atingindo 2 milhões de barris/dia. Há ainda a expansão dos investimentos da Petrobrás, que, no mesmo período de comparação, cresceram 4,7%.

Em cada gota desse petróleo produzido e processado tem a energia dos petroleiros e petroleiras, no trabalho de reconstrução e fortalecimento da maior empresa do país.

Segundo projeções, o PIB poderá encerrar o ano em torno de 3%, com crescimento do emprego e da massa salarial, ambos impulsionadores de investimentos.

Com essa trajetória, o Brasil estará trilhando também em direção à almejada redução da pobreza. Relatório da ONU aponta queda de 85% na insegurança alimentar no Brasil e a perspectiva de, em breve, o país sair novamente do Mapa da Fome, como ocorreu em 2014. A melhoria, no entanto, foi eliminada no governo passado, e o Brasil, infelizmente, retornou ao Mapa de países famintos.

A Tarde