Elizabete Santos Reis de Lima teve a sua vida destruída depois de um erro em um exame falso de DNA, realizado pelo laboratório DNA Centro Laboratorial de Genética e Biologia Molecular, localizado em Salvador.

Em novembro de 2020, Elizabete foi surpreendida pelo ex-marido, Jeremias Batista Costa Filho com um exame com o resultado da paternidade dos dois filhos gêmeos do casal. O resultado deu negativo, e o inferno na vida da mãe começou.

O caso foi mostrado no Fantástico, da Rede Globo, no domingo, 29. Para o programa global, Elizabete contou que depois disso, tudo ao seu redor desmoronou. Ela perdeu o emprego como auxiliar financeira de uma empresa de publicidade, e a loja de roupas que administrava e sobreviveu com duas crianças apenas com doação de alimentos.

“Eu perdi tudo da noite para o dia. Perdi a minha honra porque eu fui vestida de vergonha”, afirmou.

Em busca de Justiça, ela ela encontrou a advogada Vanessa Pinzon, especialista em direito civil, por meio da rede de apoio Filhos do Vento, na qual vítimas de exames errados de DNA e profissionais da saúde e da área jurídica se uniam para questionar resultados de laudos.

Com apoio jurídico e moral, Elizabete entrou na Justiça para solicitar novos exames de DNA. Em 29 de dezembro de 2022, a paternidade de Jeremias foi comprovada, para as duas crianças, por meio de laudos feitos pelo laboratório Biocroma, a pedido do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Jeremias questionou o resultado, e uma contraprova foi feita, em 9 de novembro de 2023, confirmando novamente que o professor é o pai dos gêmeos.

O reconhecimento da paternidade foi homologado pela Justiça baiana, não cabendo mais recursos.

Desde então, Elizabete tenta garantir, ainda por meio judicial, o pagamento de uma pensão alimentícia justa às crianças, que estão com 4 anos de idade.

“A injustiça ainda impera, apesar de termos provado a verdade. Ninguém fez o caminho de volta para falar que errou. Quem me difamou não se desculpou pelo que disse”, lamentou em entrevista para o portal Metrópoles.

Procurado, o laboratório não respondeu aos pedidos da reportagem.

A Tarde