O Governo Central — Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto. Isso representa um recuo de 19,6%, em termos reais, na comparação com o déficit de R$ 26,730 bilhões registrado em igual mês do ano passado. Nos oito primeiros meses do ano, o déficit acumulado chegou a R$ 99,997 bilhões, retração real de 9,1% em relação aos R$ 105,884 bilhões negativos apurados em igual período de 2023.

Os dados sobre as contas do Governo Central constam do Boletim Resultado do Tesouro Nacional (RTN) de agosto , apresentado e detalhado em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (3/10), no edifício-sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

“Tivemos novamente um crescimento robusto, de 14,3% nominal e quase 10% real, corroborando o processo já bem consolidado de recuperação da base de receitas, algo muito importante no processo de recuperação fiscal. No acumulado do ano temos 8,8% de crescimento real da receita, um crescimento bem expressivo”, apontou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

“Da parte da despesa total, tivemos crescimento de 2% real no mês, também corroborando o processo que vínhamos informando, de que havia uma pressão no primeiro semestre, pela antecipação de despesas e despesas extraordinárias, que depois se acomodaria, ao longo do segundo semestre, trazendo a média do ano para um patamar muito mais compatível com a dinâmica do arcabouço fiscal”, completou o secretário do Tesouro.

Ao comentar o déficit primário de R$ 22,404 bilhões de agosto e de R$ 99,997 bilhões no ano, Ceron destacou o principal ponto de pressão que levou a tais resultados. “O grande fator de desequilíbrio fiscal continua sendo a Previdência Social, com déficit de 240 bilhões no ano”, afirmou o secretário.

Além de Rogério Ceron, também participaram da entrevista coletiva de divulgação do RTN de agosto a secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Silva Varga; o subsecretário da Dívida Pública, Otavio Ladeira; e o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde.

A Tarde