A diferença salarial entre homens e mulheres, no Brasil, ainda está longe de ser resolvida. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (4/12), revelam que as mulheres chegam a ter um rendimento médio quase 21% abaixo do dos homens.

Em 2023, a renda média da população masculina considerada ocupada, ou seja, aquela com idade apta para trabalhar e devidamente empregada ou exercendo uma atividade profissional, ficou em R$ 3.271. A das mulheres, na mesma condição, ficou em R$ 2.588, ou seja, 20,8% abaixo.

Apesar de alta, a diferença de rendimento entre um gênero e outro teve uma leve queda, em comparação a 2022. No ano anterior, a renda média masculina havia ficado em R$ 3.053, enquanto a feminina ficou em R$ 2.408 – desigualdade de 21,1%.


Rendimento-hora de homens e mulheres

O indicador do IBGE revela, ainda, a diferença do valor da hora trabalhada entre os gêneros. No geral, os homens tiveram um rendimento-hora, em 2023, de R$ 18,80, enquanto o das mulheres ficou em R$ 16,70, ou seja, 12,6% menor.

Essa diferença, no entanto, fica ainda maior quando se analisa apenas o recorte de quem tem ensino superior completo. Nesse caso, os homens tiveram um rendimento médio por hora trabalhada de R$ 42,6. Já as mulheres ficaram em exatos R$ 30 – 41,8% a menos.

Metrópoles