A morte do vigilante João Victor Santos do Nascimento, que tirava férias em um laboratório clínico na cidade de Sobral, no interior do Ceará, na segunda-feira, 1º, foi ordenada por uma facção criminosa. A informação foi confirmada ao G1 pela polícia.

Preliminarmente a hipótese era de que o vigilante teria reagido a um assalto que foi praticado por um casal. Porém, um dos suspeitos do crime identificado como Paulo Henrique Silva Pinto, de 19 anos, contou uma nova versão à polícia após ser preso.

De acordo com o inquérito policial, Paulo Henrique disse a mulher que participou do crime foi até a sua casa e informou que eles deveriam fazer uma missão a mando da facção que seria matar João Victor.

Ainda de acordo com a investigação, Paulo Henrique e a comparsa foram até o laboratório, invadiram o local e anunciaram um assalto. Durante a ação, o casal obrigou as pessoas presentes a deitarem no chão enquanto recolhia celulares e uma máquina de cartão de crédito.

Após roubar os pertences, a mulher se aproximou do vigilante e perguntou o seu nome. Quando a vítima se identificou, a suspeita ordenou que o comparsa atirasse. O jovem foi atingido por cerca de cinco disparos e morreu no local.

Paulo Henrique teve a prisão preventiva decretada durante a Audiência de Custódia na terça-feira (2). Ele foi autuado em flagrante por homicídio doloso e por integrar organização criminosa.

"Verifica-se que o crime foi cometido com um grau elevadíssimo de violência e de forma que dificultou a defesa da vítima, demonstrando, dessa maneira, a alta periculosidade do agente", escreveu o juiz que conduziu a audiência de custódia

O suspeito já tinha antecedentes por tentativa de homicídio doloso, porte ilegal de arma de fogo e receptação.

A Tarde